Categoria: Empacotamento
Quais os diferentes materiais plásticos para embalagens flexíveis?
Solução de alto rendimento, os pacotes flexíveis vêm, ano a ano, ampliando sua participação em diferentes setores da indústria. Diferentes materiais plásticos para embalagens flexíveis podem ser empregados, com vantagens e características específicas para cada necessidade. Sim, a versatilidade é uma das suas principais marcas, como confirmam os números.
Em 2017, o desempenho dos principais mercados para embalagens plásticas flexíveis foi positivo. Alimentos, bebidas e industrial registraram um aumento de consumo da ordem de 0,8%, 0,8% e 2,5%, respectivamente. Mas o destaque ficou com o agronegócio, que consumiu 13% a mais dos pacotes flexíveis que em 2016.
Para 2018, a demanda deve superar as 1.908 mil toneladas registradas em 2017, 4% superior à do ano anterior. A estimativa é da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), que encomendou a pesquisa Maxiquim. De todas as embalagens produzidas em 2017, os materiais mais utilizados na sua fabricação foram:
49% PEBDL (Polietileno linear de baixa densidade)
23% PEBD (Polietileno de baixa densidade)
18% PP (Polipropileno)
10% PEAD (Polietileno de alta densidade)
Além destas “campeãs” na preferência das empresas, existe uma gama bem maior de matérias-primas que podem ser empregadas na fabricação de embalagens. Conheça agora os principais materiais, suas características e empregos.
Polipropileno (PP)
De modo geral, o filme de polipropileno possui um alto brilho, boa resistência a gases, vapor de água e temperatura (calor). Com a resina de polipropileno pode-se obter diversos tipos de substratos com características diferenciadas, conforme o tipo e o equipamento utilizado para a obtenção dos filmes (extrusão).
Os principais filmes são:
Polipropileno Simples (PP): utilizado na fabricação de envelopes para a indústria têxtil e em produtos de rápido consumo na indústria alimentícia, como pães, amendoins e biscoitos. Sua resistência a tração é um pouco maior que a do PE (polietileno).
Polipropileno Torção (PPT): o diferencial deste filme é a fixação da forma quando dobrado ou submetido a torção, por isso sua principal aplicação é na fabricação de embalagens de balas e bombons.
Polipropileno Torção Metalizado: aplicado a balas e bombons de leite ou cobertos com chocolate, que necessitam de um maior condicionamento térmico.
Polipropileno Bi-Orientado (BOPP): resina de polipropileno submetida a dupla orientação durante seu processo de extrusão. Permite a obtenção de filmes muito finos, mas com propriedades adequadas à conservação e ao manuseio, pois promove um aumento na resistência à tração e na rigidez do material, melhoria na transparência, brilho e lisura. O BOPP é muito utilizado na indústria de biscoitos devido à sua resistência e maquinabilidade.
Polietileno (PE)
Um dos polímeros mais utilizados tanto na composição de laminados quanto como substrato único. A resina de polietileno pode produzir filmes transparentes ou coloridos através da adição de resina pigmentada durante seu processo de extrusão. O PE é utilizado para produção de uma gama enorme de embalagens e no empacotamento de produtos e pallets na forma de polietileno “encolhível”.
Pode ser dividido em alta, média e baixa densidade.
Polietileno de Alta Densidade (PEAD): é o polietileno com maior resistência a tração e por isso muito utilizado na fabricação de sacolas para supermercados.
Polietileno de Média Densidade (PEMD): com densidade de 0,93 a 0,94 g/cm3, possui maior resistência a tração do que o PEBD, porém a resistência ao rasgo é menor. É muito utilizado para embalar higiênicos, papéis, lenços e guardanapos.
Polietileno de Baixa Densidade (PEBD): possui uma ótima selagem, boa resistência ao rasgo e baixa resistência a tração. Quando utilizado em laminados é o elemento que recebe a solda e fica em contato direto com o produto.
Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBDL): com maior resistência a tração e melhor brilho, possibilita a obtenção de um filme mais fino com maior rendimento.
Além do material empregado, a embalagem flexível deve ser desenvolvida levando em conta outros fatores, da funcionalidade à logística. Tudo para assegurar um produto de qualidade e uma marca mais sólida e competitiva.