Categoria: Empacotamento, Ensacamento, Gestão, Processos
Como otimizar o transporte de alimentos
Em um país continental e tropical como o nosso, o transporte adequado é indispensável para garantir a disponibilidade de alimentos perecíveis e não perecíveis nos diferentes locais do Brasil.
Para garantir a qualidade e segurança do transporte de alimentos, é necessário seguir uma série de cuidados.
Na legislação brasileira, um conjunto de normas específicas estabelece quais são as regras que as indústrias devem obedecer para garantir o transporte correto de alimentos, com o objetivo de proteger a saúde dos consumidores.
Veja, a seguir, o que diz a Anvisa sobre como as empresas alimentícias precisam realizar a logística dos seus produtos.
As regras da Anvisa para o transporte de alimentos
O transporte de alimentos exige cuidados especiais com manuseio, higiene, desinfecção dos veículos, armazenamento, entre outros aspectos.
A movimentação de produtos alimentares pode ser dividida em dois grupos principais: produtos perecíveis e não perecíveis, cada um deles tem suas próprias exigências e particularidades.
Como determina a Anvisa, esta etapa é regulamentada por duas legislações federais, a Portaria 326/1997 e a Resolução 275/2002.
Além disso, a Anvisa orienta os transportadores e indústrias a observarem a aplicação de legislações locais, como prevê a Lei 8.080/1990.
Algumas das exigências incluem:
- Manter a temperatura do veículo adequada;
- Manter o veículo limpo e coberto;
- Evitar a presença de vetores e pragas urbanas;
- Preservar a integridade do produto;
- Evitar o transporte de outras cargas que comprometam a segurança dos alimentos.
A Anvisa realiza fiscalizações para verificar se os critérios de refrigeração, higiene, desinfecção, circulação de ar, isolamento e descarte adequado de resíduos estão sendo cumpridos corretamente, visando garantir a integridade da carga transportada.
Leia também: Veja as novas regras da Anvisa para a rotulagem de alimentos
Cuidados para o transporte de alimentos
No geral, existem uma série de cuidados principais que podem ser adotados, independentemente da durabilidade da mercadoria.
A seguir, listamos uma série de procedimentos para assegurar que seu produto chegue até o consumidor final íntegro, livre de contaminações e pronto para o consumo.
1. Investir em equipamentos de qualidade
Não dá para pensar somente em economia quando se trata de adquirir equipamentos para embalar seus produtos.
A utilização de maquinário com alta qualidade garante que as embalagens sejam feitas com precisão e confiabilidade, proporcionando uma barreira adequada contra fatores externos, como umidade e oxigênio, que podem prejudicar a qualidade do produto.
É essencial que o pacote possua soldas com aderência e ausência de pregas, evitando que elas se rompam no trajeto, ou até mesmo nos armazéns com pressão recebida no empilhamento de pacotes ou fardos.
Além disso, equipamentos de alto padrão ajudam a reduzir o desperdício de material, tempo e recursos, contribuindo para um processo de produção mais eficiente e econômico.
2. Utilizar embalagens resistentes
As embalagens devem ser resistentes e adequadas para o tipo de alimento que está sendo transportado. Embalagens danificadas podem permitir a entrada de micro-organismos e comprometer a qualidade do alimento.
Uma boa indicação é o filme plástico, responsável pela proteção do produto com relação à temperatura, luz, umidade, composição da atmosfera dentro da embalagem e controle microbiano no processamento, assegurando a qualidade do produto embalado.
Cada produto embalado deve seguir com filmes plásticos com características diferenciadas e matéria-prima que garanta a resistência exigida.
Conheça aqui exemplos de embalagens inteligentes para o seu produto.
3. Fardos bem estruturados
Os fardos devem ser bem estruturados e empilhados adequadamente para evitar danos durante o transporte.
Com as enfardadeiras automáticas, seu processo de agrupamento terá maior eficácia, facilidade e proteção do seu produto, além de um agrupamento organizado, programado e padronizado, garantindo mais produtividade para o seu negócio e economia na força de trabalho.
Entregar um produto desprotegido ou uma embalagem avariada significa entregar uma péssima experiência ao consumidor, prejudicando a marca.
4. Conferir rótulos e datas de validade
Antes de transportar os alimentos, é importante verificar os rótulos e as datas de validade dos produtos. Alimentos vencidos devem ser descartados e não devem ser transportados.
O desbobinador de fita visa facilitar a integração entre mercadoria, distribuição e ponto de venda. Usado com fitas de código de barras (DUN-14, por exemplo) ou com informações de armazenagem e manuseio, é um dispositivo substituto das bobinas impressas.
5. Utilizar um veículo adequado
É necessário utilizar um veículo adequado de acordo com o tipo de alimento que será transportado. Alimentos perecíveis, por exemplo, exigem um veículo com refrigeração para manter a temperatura adequada.
Leia também: Conheça as soluções para alimentos congelados da Indumak
6. Atentar para condições sanitárias
É importante manter as condições sanitárias do veículo de transporte, com a limpeza adequada e a utilização de produtos de higiene. O motorista e os auxiliares devem estar com as mãos limpas e utilizar equipamentos de proteção individual.
7. Monitorar a temperatura
Para alimentos perecíveis, é necessário monitorar a temperatura durante todo o transporte, para garantir que os alimentos sejam mantidos na temperatura adequada. Caso a temperatura saia do limite, os alimentos podem se deteriorar e representar risco à saúde dos consumidores.
8. Documentação adequada
O transporte de alimentos deve ser acompanhado de documentos que comprovem a origem e a qualidade dos produtos. É importante que os documentos estejam em dia e sejam atualizados para garantir a rastreabilidade dos alimentos.
9. Treinamento dos funcionários
É essencial que os funcionários envolvidos no transporte de alimentos sejam treinados e capacitados para garantir a segurança dos produtos. Eles devem conhecer os procedimentos de higiene e segurança alimentar, além de saber como manusear corretamente os alimentos.
Leia também: Tudo sobre o empacotamento de snacks
10. Cumprimento das normas regulatórias
É fundamental seguir as normas regulatórias estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelos órgãos estaduais e municipais de vigilância sanitária. Elas estabelecem os requisitos mínimos de segurança para o transporte de alimentos.
11. Atuação em conjunto
É importante que os diferentes agentes envolvidos no transporte de alimentos atuem em conjunto, para garantir a segurança dos produtos. Isso inclui os produtores, os distribuidores, os transportadores e os varejistas.
A cooperação entre esses agentes é fundamental para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos em todas as etapas do processo.
A movimentação de volumes por meio de paletes ainda é uma prática bastante aplicada, e pode ganhar muita agilidade e segurança quando feita de modo automatizado. Ela otimiza o agrupamento de mercadorias, proporciona redução do tempo e de custos, melhora a utilização do espaço da fábrica e organização de estoques, garante melhor qualidade no acondicionamento da carga paletizada, entre outras vantagens.
Seguindo estes cuidados, sua mercadoria chegará ao seu destino íntegra, trabalhando a favor da reputação da sua marca e da fidelização dos seus clientes.
Esse conteúdo ajudou você? Estamos sempre produzindo novos materiais com dicas de gestão e produção. Para não perder mais nenhuma publicação, assine a newsletter da Indumak e fique bem informado!