Categoria: Gestão

13 de outubro de 2016

Indumak é assunto no OCP

 

Confira a máteria publicada pelo jornal O Correio do Povo no dia 11/10/2016:

Inovação Tecnologia é ferramenta para competividade na indústria

Indumak aposta na automação de processos para ajudar o mercado a se tornar mais competitivo


 Na era da informação, saber usar a tecnologia a favor do negócio é indispensável. Aperfeiçoar pro­cessos, reduzir desperdícios, au­mentar a produção – tudo é possível com o auxílio do equipamento certo. Foi com este pensamento que a Indumak ganhou destaque no mercado de empacotadoras, enfardadeiras e sistemas de paletização. Com 53 anos de mercado, a empresa utili­za tecnologia 100% brasileira para ajudar o mercado a se tornar mais competitivo.

Em um parque fabril de mais de cinco mil metros quadrados, a empresa conta com o apoio de 165 colaboradores para produzir cerca de 50 máquinas por mês. Já foram nove mil máquinas confecciona­das. Para dar conta do recado, a inovação e a qualificação profissional são vistas como aspectos chave do negócio, que con­ta com mais de 50 assistências técnicas em todo o mundo.

Em entrevista exclusiva ao OCP, o pre­sidente da empresa, Célio Bayer, e o di­retor comercial, Gelson Renato Schmidt, falam sobre o mercado de tecnologia no Brasil, os anseios e as tendências para o futuro da indústria.

Como se manter competitivo em um mercado em recessão?

Célio Bayer: É preciso estar pronto para inovar. É necessário ter em mente de que a inovação tem que estar em todos os lu­gares, inovando na gestão, no produto, nos processos, nos mercados. Neste processo, a qualificação profissional é muito importan­te, porque a cultura da inovação está dentro do conhecimento. Além disso, é fundamen­tal entender as demandas para poder ade­quar o seu produto ou serviço.

Temos profissionais preparados para atender às demandas da in­dústria?

Gelson Renato Schmidt: O norte cata­rinense é uma região que podemos definir como um verdadeiro pólo desenvolvedor de competências. De maneira geral a qua­lificação em automação, em sistemas me­cânicos e elétricos é grande na região. Isso é possível graças às escolas de formação e entidades que promovem o avanço do co­nhecimento e a inovação.

Como garantir que estes profissio­nais permaneçam na empresa?

Gelson Renato Schmidt: Utilizando a Indumak como exemplo, desenvolve­mos no decorrer dos anos programas es­tratégicos para reter talentos, que é um grande desafio. Dentro disso procuramos integrar as equipes, estimular a chama­da interdependência das áreas, ou seja, promover um ambiente em que cada um entenda o impacto da sua atividade no conjunto. Isso promove o crescimento. Todo o mundo tem o objetivo comum do resultado, sabendo que se a empresa vai bem, as pessoas vão bem. Não deixar com que os profissionais se fechem cada um em seu setor. E também, é claro, promo­ver o acesso à gestão, um nivelamento das culturas e o respeito mútuo.

Quais são as tendências em empa­cotamento no Brasil?

Célio Bayer: Vemos uma necessidade muito grande de fracionamento. A cons­trução civil, por exemplo, precisa cada vez mais de insumos neste formato, massas prontas e específicas para cada finalida­de. O fracionamento surge ainda para cumprir às novas legislações vigentes no país, como normas de segurança que limitam o esforço repetitivo na cons­trução civil. Na alimentação o fraciona­mento também está muito forte, e neste setor ainda há a necessidade de produzir embalagens diferenciadas, com novos materiais e novos formatos. Para isso é preciso manter os olhos do mercado, ob­servar outros focos.

E em termos de tecnologia, quais são as principais tendências?

Célio Bayer: A indústria vem passando por uma mudança, que nos Estados Uni­dos está sendo chamada de manufatura avançada e na Alemanha de Indústria 4.0. Em resumo, é a máquina se comunicando com a máquina para fazer as operações.

Gelson Renato Schmidt: Neste ce­nário, o ser humano fica mais como um supervisor da linha e da programação desta comunicação. Mas as decisões são tomadas pelas máquinas em detrimento dos indicadores que elas possuem, ou de algum acontecimento na linha de produ­ção. Elas se adaptam e se comunicam uti­lizando sensores e estatísticas.

Quais as dificuldades?

Célio Bayer: O que falta é mais visão dos órgãos governamentais, no sentido de fomentar a tecnologia. O custo de investi­mento para automação ainda é muito alto e nossa taxa de juros é muito elevada para este tipo de equipamento. Nós só seremos competitivos se tivermos investimentos nesta área. Na parte de qualificação hu­mana, que é o maior desafio, somos muito evoluídos, tanto é que muitos dos nossos técnicos e engenheiros desta área estão atuando em outros países.

Como Jaraguá do Sul está posicio­nada no setor tecnológico nacional?

Célio Bayer: Eu vejo Jaraguá do Sul como uma cidade de cultura inovadora por excelência. Isso já não é de hoje, basta olharmos para a história das pessoas que aqui montaram suas matrizes econômi­cas. A Duas Rodas, por exemplo, é uma das empresas que mais registra patentes de seus produtos. Para isso, é preciso ser altamente inovador. A WEG tem 60% do seu faturamento relacionado a ino­vações nos últimos cinco anos. Além de desenvolver produtos, as empresas daqui desenvolveram suas marcas. Por isso Ja­raguá é muito bem posicionada. Veja a In­dumak, a empresa começou com um cida­dão que cultivava arroz e resolveu montar um negócio com um técnico torneiro. No decorrer dos anos, eles foram visionários a ponto de ir de uma prestadora de ser­viços para uma empresa de tecnologia. Nossa primeira máquina de embalagens de cinco quilos produzia 10 pacotes por minutos. Hoje, produzimos 50 pacotes por minuto. É uma evolução.

Qual é o foco da Indumak daqui para frente?

Gelson Renato Schmidt: Estamos em um período de retração e entendemos isso como um ciclo. Precisamos estar pre­parados para estes ciclos. Mas vai chegar um momento em que a economia será retomada, e então exigirá o avanço das tecnologias para expansão da produção. Queremos levar o conceito de indústria 4.0 para o mercado, adaptando essa tec­nologia à nossa realidade, estimulando a competitividade das empresas. Queremos ser competitivos na manutenção da com­petitividade dos clientes.

OCP
www.ocponline.com.br

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