Tendências da população mundial: ultrapassamos os 8 bilhões

Em novembro de 2022, nasceu a 8ª bilionésima pessoa do mundo, um marco que trouxe reflexão para um desafio global: como alimentar mais de 8 bilhões de pessoas?

Embora o aumento populacional seja resultado da melhoria da expectativa de vida e dos avanços na área da saúde, a preocupação com a nutrição, o impacto ambiental e a sustentabilidade são problemas significativos que precisam ser enfrentados.

Mesmo que os dados nos mostrem que o crescimento populacional está desacelerando, a transição de 7 para 8 bilhões de pessoas levou 12 anos, e a previsão é de que seja preciso mais 15 anos para chegarmos a 9 bilhões.

Fornecer alimentação adequada para a crescente população, reduzir o impacto ambiental e reabastecer os recursos naturais do planeta continuarão sendo dificuldades que exigem um esforço conjunto de governos, instituições e empresas para serem resolvidas.

Confira a seguir as tendências da população mundial para a produção de alimentos e o impacto para o desenvolvimento econômico.

As tendências para a produção de alimentos nos próximos anos

Para encontrar soluções para esse cenário, a campanha #8BillionStrong, que surgiu quando alcançamos uma população global de 8 bilhões, identificou pontos relevantes que devem direcionar a produção de alimentos em todo o mundo.

Os países mais e os menos desenvolvidos têm taxas diferentes de crescimento

A desaceleração do crescimento é uma realidade, com taxas variando em diferentes regiões. Enquanto os países menos desenvolvidos vão experimentar um crescimento rápido, algumas nações enfrentarão um declínio populacional devido à baixa fertilidade e à emigração.

As taxas de crescimento populacional vão apresentar variações em todo o mundo, resultando em mudanças na distribuição geográfica da população global.

Dados demonstram que diferentes regiões estão crescendo em ritmos distintos. Os 46 países menos desenvolvidos são os que mais crescem no mundo.

De acordo com as previsões da ONU, muitos desses países têm projeções de duplicação de suas populações entre 2022 e 2050. Essa tendência coloca pressões sobre os recursos disponíveis, levantando preocupações sobre a capacidade de suprir as necessidades dessa população.

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Declínio da população

Estamos presenciando o declínio da população com uma taxa de crescimento populacional anual de 0,8% em 2022 em contraste com os 2,3% registrados em 1963. A população da China deixou de crescer, e é possível que comece a diminuir no próximo ano.

Cada vez mais países enfrentam o desafio de populações diminuindo, resultado de décadas de baixa fertilidade e, em alguns casos, altas taxas de emigração. Desde 1990, dezessete países da Europa Oriental têm observado uma diminuição em suas populações.

Levaremos 15 anos para chegar a 9 bilhões

A estimativa é de que atingiremos a marca de 9 bilhões de pessoas em 15 anos. Apesar do crescimento populacional mais lento em algumas nações, as projeções da ONU indicam que a população mundial deverá alcançar cerca de 8,5 bilhões até 2030 e 9 bilhões até 2037.

Até 2050, seremos 9,7 bilhões e, até 2100, 10,4 bilhões de habitantes no planeta.

Teremos mais pessoas idosas do que jovens

Estamos enfrentando um processo de envelhecimento acelerado: até 2050, o número de pessoas com mais de 65 anos será mais do que o dobro do número de crianças menores de 5 anos e quase equivalente ao número de crianças menores de 12 anos.

A expectativa de vida global ao nascer em 2019 foi de 72,8 anos, um aumento de quase nove anos em relação a 1990. Estima-se que essa expectativa alcance 77,2 anos até 2050.

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Estamos vivendo mais

Estamos experimentando um aumento na longevidade: em países como Austrália, Hong Kong e Japão, a expectativa de vida pode chegar a 85 anos.

Em contrapartida, nos países de baixa renda, esse número é menor: cerca de 63 anos. Para aqueles nascidos em países da África Central, como República Centro-Africana, Chade, Lesoto ou Nigéria, a expectativa de vida pode chegar a 54 anos.

O impacto do desenvolvimento econômico

O aumento da renda per capita, geralmente em regiões com menor crescimento populacional, é um fator crucial para padrões insustentáveis de produção e consumo.

Reduzir esses padrões é fundamental para alcançar os objetivos do Acordo de Paris e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conforme apontado pela ONU.

As projeções populacionais destacam a importância crucial da indústria agrícola no esforço de fornecer uma nutrição sustentável para a crescente população global.

Infelizmente, mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo ainda sofrem com a fome diariamente, o que prejudica o crescimento das crianças e das economias.

Essa situação ressalta a necessidade urgente de ações para enfrentar esse desafio e garantir segurança alimentar para todos.

O papel da automação dos processos para sanar a alta demanda por alimentos

A automação desempenha um papel fundamental na indústria alimentícia, trazendo benefícios significativos que envolvem a redução de custos e desperdícios.

Através da padronização e do controle proporcionados por máquinas e equipamentos automáticos, é possível alcançar maior eficiência nos processos produtivos.

O resultado é um fluxo de trabalho mais ágil e otimizado, com capacidade para ser ampliado facilmente de acordo com o aumento da demanda.

E, quando falamos em automação industrial, também falamos em economia e sustentabilidade, gerando maior competitividade.

Com a adoção de ferramentas e processos tecnológicos, é possível reduzir o uso de matérias-primas e energia, otimizar os processos, tomar decisões assertivas, produzir com mais segurança e com menos custos.

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